Ainda
me Lembro
Era
só uma palavra, um eco em dicionários,
Indelével.
Soava
a promessa distante, a algo intocável,
Quase
abstrato.
Mas
aí você chegou.
E
com o seu toque, um riso, um simples olhar,
O
conceito se fez carne, vibrou no ar.
Não
era mais teoria, nem verso empoeirado.
Indelével,
ah, agora eu sei.
É
a marca que sua pele deixa na minha, mesmo em ausência.
É
o cheiro que teima em voltar, em qualquer brisa,
A
melodia da sua voz, que me embala a alma.
É
a certeza que, não importa o tempo,
As
digitais do nosso amor não se apagam.
Nem
poeira, nem chuva, nem mesmo o adeus,
Conseguem
varrer o que a gente gravou aqui dentro.
Indelével.
É
a tatuagem invisível da sua presença,
Feita
de momentos, de silêncios partilhados,
De
um entendimento que transcende o dito.
Finalmente
com você, eu entendi.
Não
é só uma lembrança que resiste,
É
a essência de quem eu me tornei ao seu lado,
Uma
parte de mim, para sempre, inalterável.
Indelével.
É você em mim.