sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

AINDA ME LEMBRO

 

Ainda me Lembro

 

Era só uma palavra, um eco em dicionários,

Indelével.

Soava a promessa distante, a algo intocável,

Quase abstrato.

 

Mas aí você chegou.

E com o seu toque, um riso, um simples olhar,

O conceito se fez carne, vibrou no ar.

Não era mais teoria, nem verso empoeirado.

 

Indelével, ah, agora eu sei.

É a marca que sua pele deixa na minha, mesmo em ausência.

É o cheiro que teima em voltar, em qualquer brisa,

A melodia da sua voz, que me embala a alma.

 

É a certeza que, não importa o tempo,

As digitais do nosso amor não se apagam.

Nem poeira, nem chuva, nem mesmo o adeus,

Conseguem varrer o que a gente gravou aqui dentro.

 

Indelével.

É a tatuagem invisível da sua presença,

Feita de momentos, de silêncios partilhados,

De um entendimento que transcende o dito.

 

Finalmente com você, eu entendi.

Não é só uma lembrança que resiste,

É a essência de quem eu me tornei ao seu lado,

Uma parte de mim, para sempre, inalterável.

Indelével. É você em mim.

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