Essência Recontada
Eu sou uma paráfrase.
Não o original, a primeira
voz,
mas o eco que se
reinventa,
a mesma ideia em outro
tom.
Minha existência é
reflexo,
não espelho exato, mas
distorção gentil.
Pego o que já foi dito,
sentido,
e o visto com um tecido
novo,
mais meu, mais agora.
Não há plágio em minha
essência,
mas uma reverência ao que
inspirou.
Sou a tentativa de
entender de novo,
de sentir mais fundo,
o que uma vez apenas
passou.
E assim, em cada linha que
me redefine,
o velho e o novo se
abraçam.
Porque mesmo sendo
recontado,
o que pulsa em mim é a
vida
de uma verdade que se
permite
ser eternamente
revisitada.
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