Raiz Silenciosa
Sou herbáceo de nascença.
Não sou árvore de tronco
forte,
nem montanha de pedra
antiga.
Minha origem é terra
macia,
o primeiro broto que se
estica.
Minha força não está na
altura,
mas na resiliência da
raiz,
na seiva que corre sem
alarde,
no verde que renasce a
cada giz
de sol que o céu me dá.
Dobra ao vento, mas não
quebra.
Sinto o orvalho na pele
fina,
e na calada, floresço,
uma vida simples e
genuína.
Sou a grama que ninguém
nota,
mas que cobre o mundo.
A vida que persiste,
pequena e profunda.
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