quinta-feira, 7 de abril de 2016

O ECO DO AGORA

 

O eco do agora

 

Ontem não se vai,

mas se aninha

na pele do hoje.

 

Um sussurro do vento

traz a memória

de um riso esquecido.

 

Um toque, leve,

quase imperceptível,

desperta a ausência

de mãos que já foram.

 

E um olhar,

mesmo sem face,

projeta a imagem

do que ainda habita,

profundo,

no presente.

 

O passado

não é uma porta fechada,

mas um rio que flui

por entre as margens

do que somos.

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