O eco do agora
Ontem não se vai,
mas se aninha
na pele do hoje.
Um sussurro do vento
traz a memória
de um riso esquecido.
Um toque, leve,
quase imperceptível,
desperta a ausência
de mãos que já foram.
E um olhar,
mesmo sem face,
projeta a imagem
do que ainda habita,
profundo,
no presente.
O passado
não é uma porta fechada,
mas um rio que flui
por entre as margens
do que somos.
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