quarta-feira, 15 de junho de 2016

AUTO-PRISÃO

 Auto-Prisão

 

E a auto-prisão, essa estranha liberdade

de me acorrentar sem grilhões visíveis.

Não há força externa, não há opressor,

apenas a mão invisível que me prende.

É um labirinto interno,

cujas paredes se erguem da minha própria dúvida.

 

Cada recusa, um tijolo;

cada medo, uma argamassa que endurece.

A saída, um ponto no horizonte

que se afasta à medida que me aproximo.

Sou o construtor da minha própria jaula,

o carcereiro que veste a pele do prisioneiro.

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