Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
terça-feira, 31 de março de 2020
segunda-feira, 30 de março de 2020
domingo, 29 de março de 2020
sábado, 28 de março de 2020
Foto de Barra do Piraí - RJ - Centro da Cidade - 01-06-2018 - Vicente Siqueira
sexta-feira, 27 de março de 2020
Foto de Barra do Piraí - RJ - Ponte Getúlio Vargas - 01-06-2018 - Vicente Siqueira
quinta-feira, 26 de março de 2020
DIAS DE SILÊNCIO
Dias de Silêncio
Há dias que a voz se
recolhe,
vira concha.
O mundo fala, grita,
e a gente só escuta,
ou nem isso.
São dias de poeira nos
cantos,
e a alma se aquietando,
um passo de cada vez,
no piso frio do próprio
ser.
A tela acende, o telefone
vibra,
mas a resposta mora longe,
numa ilha que só existe
quando as palavras
tiram férias.
Nesses dias,
o silêncio é uma língua
que a gente esquece de
falar,
mas entende perfeitamente.
É a gramática da pausa,
o respiro entre uma frase
e a próxima vida.
Foto de Barra do Piraí - RJ - Bairro da Química - 01-06-2018 - Vicente Siqueira
quarta-feira, 25 de março de 2020
terça-feira, 24 de março de 2020
segunda-feira, 23 de março de 2020
domingo, 22 de março de 2020
sábado, 21 de março de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
ECO DO SENTIMENTO
Eco do Sentimento
O peso no peito, a sombra
que insiste,
Uma voz interna que acusa,
que persiste.
Você revive a cena, o
"se eu tivesse",
O nó na garganta, a culpa
que te veste.
É um fardo invisível,
pesado,
Por erros que foram, ou
apenas imaginados.
Mas veja bem, essa emoção
que te abraça
É apenas um eco, um
resquício que passa.
Não é uma falha
intrínseca, um desvio.
É a mente tentando
entender o vazio,
Ou o excesso, o que não
cabe, o que transborda.
A culpa é um sentir, não
uma sentença que acorda.
Permita-se a ela, sem
julgamento severo.
Observe-a, como uma nuvem
no céu sereno.
Ela vem, ela vai, não é
sua essência, seu ser.
Apenas mais uma cor no
vasto acontecer.
Deixe que o perdão, o seu
próprio, floresça.
Pelo que foi, pelo que é,
pela sua presteza
Em sentir, em crescer, em
simplesmente existir.
Não se culpe por sentir
culpa, é apenas um fluir.
domingo, 15 de março de 2020
quinta-feira, 12 de março de 2020
Foto de Barra do Piraí - RJ - Barragem Santa Cecília - Vista Bairro Santo Antônio - 01-06-2018 - Vicente Siqueira
quarta-feira, 11 de março de 2020
À MARGEM DO TEMPO
À Margem do Tempo
(Explorando a ideia de felicidade adormecida na poeira do tempo e no não pertencimento)
Há uma
casa no fim do agora, onde a poeira não se assenta de todo, apenas flutua,
preguiçosa, nos feixes tênues de uma luz que não chega.
Foi lá
que a felicidade dobrou seus lençóis de riso, arrumou a cama com cuidado, e se
deitou para um sono sem pressa, sem despertador, sem sol na janela.
É um
lugar de ninguém, sem nome no mapa dos sentimentos, sem placa indicando a
direção. Um interstício entre o que foi e o que não é mais, uma terra de
fronteira onde as pegadas não deixam rastro.
E ela
dorme, embalada não pelo ritmo do coração que pulsa forte ou do passo que
caminha firme, mas por uma cadência suave de não pertencimento. Um balanço
lento, como um barco à deriva em águas calmas, sem porto de chegada, sem âncora
para fincar.
A poeira
do tempo a cobre como um véu, sutil, quase invisível. Ela respira devagar, um
sopro que não move o ar estagnado. E lá fica a felicidade, adormecida, no
silêncio particular do lugar de ninguém, esperando um chamado que talvez nunca
venha, enquanto o ritmo do não pertencimento ecoa na vastidão vazia.