sexta-feira, 20 de março de 2020

ECO DO SENTIMENTO

 

Eco do Sentimento

O peso no peito, a sombra que insiste,

Uma voz interna que acusa, que persiste.

Você revive a cena, o "se eu tivesse",

O nó na garganta, a culpa que te veste.

 

É um fardo invisível, pesado,

Por erros que foram, ou apenas imaginados.

Mas veja bem, essa emoção que te abraça

É apenas um eco, um resquício que passa.

 

Não é uma falha intrínseca, um desvio.

É a mente tentando entender o vazio,

Ou o excesso, o que não cabe, o que transborda.

A culpa é um sentir, não uma sentença que acorda.

 

Permita-se a ela, sem julgamento severo.

Observe-a, como uma nuvem no céu sereno.

Ela vem, ela vai, não é sua essência, seu ser.

Apenas mais uma cor no vasto acontecer.

 

Deixe que o perdão, o seu próprio, floresça.

Pelo que foi, pelo que é, pela sua presteza

Em sentir, em crescer, em simplesmente existir.

Não se culpe por sentir culpa, é apenas um fluir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário