Areia na Varanda
Sinto em mim uma saudade,
dessas que gruda.
Igual areia na varanda
depois de um dia de vento.
Não é só lembrança,
é grão no chão,
entre os dedos,
insistente.
Passa o rodo,
varre e varre,
ela volta.
Um pedacinho de onde fui,
na soleira de onde estou.
Essa saudade é assim:
Pequena, infinita,
um deserto particular
no centro da sala.
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