Mudez Interior
Minhas palavras não têm
som.
Elas nascem e morrem
no avesso da garganta,
um grito mudo que só eu
entendo.
Não há eco,
nem melodia.
Apenas o silêncio denso
do que não se diz,
do que se desintegra antes
de tocar o ar.
São como ondas sem praia,
chuva que não atinge o
chão,
um sussurro que se perde
no próprio abismo.
E talvez seja melhor
assim.
Que elas habitem o
não-dito,
esse espaço secreto
onde a verdade não precisa
de voz para existir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário