Presença Silenciosa
Não
precisas falar alto
para que te escutemos
tua voz é semente
que brota no fundo
quando tudo cala
Tu és o
Deus que se senta
à mesa dos comuns
que anda na poeira da rua
que se deita com os cansados
e vela o sono dos que choram
não te
escondes nas alturas
mas desces —
ao meio da dor
ao centro da espera
ao instante em que ninguém vê
e mesmo
quando tudo parece ausente
há um sopro
uma paz sem razão
um calor que não vem do sol
é ali que
sabemos:
estás aqui
não por
merecimento nosso
mas por misericórdia tua
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