Promessas Reconstruídas
Eu reinvento promessas
quebradas.
Não as esqueço,
nem as jogo fora.
Pego os cacos, as pontas
soltas,
e com a argila do agora,
modelos novos começos.
Não é negação do que se
foi,
mas um teimar do que pode
ser.
No lugar da rachadura,
uma nova costura,
um desenho que antes não
havia.
Há quem diga que é ilusão,
que promessa morta não
ressuscita.
Mas em mim,
onde a fé é teimosa,
transformo o "nunca
mais"
numa chance que ainda
habita.
E assim, cada estilhaço
vira semente,
cada falha, um novo
caminho.
Porque em meu jardim
particular,
o que murchou pode sempre
florescer, de outro jeito,
mas com a mesma essência
de um amanhã que ainda
pulsa.
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