quarta-feira, 21 de junho de 2017

O PESO DO AMANHÃ

 O Peso do Amanhã

 

O amanhã, invisível e vasto,

Um fardo que a mente carrega,

Antes mesmo que o dia se faça,

A ansiedade tece sua teia.

 

É a lista que não termina,

As contas que precisam ser pagas,

O "e se" que a mente destina,

Feridas que ainda nem são chagas.

 

Prende os pés no presente,

Embarga o riso que quer sair.

Faz do hoje um tempo ausente,

Um futuro que insiste em vir.

 

Mas o amanhã é um campo aberto,

Um papel em branco à espera.

A cor que eu pinto, o caminho incerto,

A chance de ser, na nova era.

 

E se o fardo virar leveza?

Se o passo for livre, e o olhar,

Buscar no agora a certeza,

Do que a vida pode me ofertar?

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