sexta-feira, 21 de junho de 2019

O ÍRIS REVELA

 

O Íris Revela

A pupila, um abismo breve,

onde a luz se dobra,

e um universo de anseios

tenta escapar.

 

Verdes que marejam,

ou talvez a cor do lago

onde a lua se espelha,

guardando segredos profundos.

 

As pálpebras quietas,

a moldura de um sentir intenso,

testemunhas mudas

de histórias não contadas.

 

E nas linhas sutis ao redor,

o mapa de emoções contidas,

a promessa de um desejo

que a boca não libera.

 

Nesse instante fixo,

o tempo se detém,

e o olhar entrega a verdade

que o silêncio teima em esconder.

 

 

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