O Íris Revela
A pupila, um abismo breve,
onde a luz se dobra,
e um universo de anseios
tenta escapar.
Verdes que marejam,
ou talvez a cor do lago
onde a lua se espelha,
guardando segredos profundos.
As pálpebras quietas,
a moldura de um sentir intenso,
testemunhas mudas
de histórias não contadas.
E nas linhas sutis ao redor,
o mapa de emoções contidas,
a promessa de um desejo
que a boca não libera.
Nesse instante fixo,
o tempo se detém,
e o olhar entrega a verdade
que o silêncio teima em esconder.
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