VEM
e a
timidez se fez presente,
a te deixar envergonhada
por estar diante das lentes
do meu cristalino,
que desnudavam tuas curvas
enquanto minhas mãos desprendiam,
de teus ombros, as alças
do vestido de algodãozinho.
não
parecias saber o que fazer,
o que dizer,
a não ser o natural fechar de pernas,
cobrir os seios com as mãos
e deixar-se submissa,
ser acariciada.
a pele,
porém,
denunciava o desejo quase incontido
de dar-se,
para que corpo se confundisse
com corpo,
para que os movimentos
eternizassem o momento.
costas
apoiadas nos lençóis,
olhos semicerrados,
a divisar-me na chegança do bem —
e nada podias dizer
mais lindo e sublime
que o teu desajeitado:
vem.
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