quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

 

06 dezembro 2007

CALÇADAS



eu lhe encontrei
ao abrir-se
de calçadas
e supermercados
conforme o combinado
com os nossos destinos.

encontro.

trouxe chegança de espera
em mim
e me vejo de braços
com a saudade.

você chega e traz a lembrança.

rima fresca
e boa
para
esperança.
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Vicente
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"A vida se mantém um enigma, apesar das tentativas milenares de explicações, justificativas, esclarecimentos, elucidações. .."
Dora Vilela

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publicado originalmente em 06/02/07
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6 comentários:

Andréia . disse...

hummmmm
adorei os doces suculentos.
suculentos como os seus, não tinha provado ainda, rsssss.
muitos ....
poetamigo

Andréia . disse...

rsssss
vc é demais amigos.
Com vc aqui tudo é bem mais legal, obrigada por td.
Sabe que to com muita saudades do blog, sem tempo pra ele,mas não sem tempo pros amigos.
Outros e outros

Anônimo disse...

Vicente! "Estava eu posta em sossego..."rs, porque ninguém é de ferro, e não ando postando e nem comentando os amigos(férias bloguísticas...), quando vou dar uma olhadela rápida e vejo você no meu bloguinho!!! Caramba! Quase caí no teclado...rsrs Exageros à parte, pensei que você andasse longe!!!!!!!
Que delícia que está aqui, com a "doceria" em plena atividade!
E estou escondida (aqui)...porque não devia vir aqui e não ir aos demais...rs
Beijos, Vicente.
Logo voltarei.
Obrigada!!!!!! por tudo!
Dora

Andréia . disse...

aiii
Se vc disse eu acredito...
Tb tenho um pouco de medo de mim, às vezes falo muito, deixo as pessoas acoadas...
Que bom saber que contigo foi diferente.
Muitos beijos amigo

Anônimo disse...

Nao temer as palavras nao é fácil.palavras doces ,sao ótimas;palavras menos doce sao dificeis...mas palavras sao palavras e os poemas precisam de todas elas.Viajo pelos blogs e aqui e ali me encanto,me arrepio,me inqueito,me consolo,desconsolo,rio,quase choro...Sao as palavras(as ideias) que acabam abrindo a alma.Sem preconceito eu as recebo(nem sempre as minhas sao bem recebidas.Ossos do ofiício de poeta e humano!)Tudo bem>que tenham 3 a ouvir as bobeiras que digo...vai bem.Falar é exercicio de viver...difil,meu caro...mas nao temos outra arma tao poderosa como as palavras.Obrigadao pela força(sobreviver é comum aos poetas.)vou sobrevivendo.

diovvani mendonça disse...

Tá vendo amigo Vicente, você quase fez a Dora cair do teclado. Isso é bom, assim ela volta logo. MOntanhosoAbraço.

terça-feira, 19 de junho de 2007

O PESO LEVE DA NOSTALGIA

 

O Peso Leve da Nostalgia


Eu sento no banco da praça,

o sol da tarde pintando as folhas das árvores

com um dourado suave e melancólico.

Vejo as crianças correndo,

suas risadas leves e soltas

como as folhas que o vento carrega.

E em mim, uma sensação familiar se instala,

um peso leve,

quase etéreo,

que reconheço como nostalgia.

 

Não é a tristeza cortante da perda,

nem a angústia do que não foi.

É algo mais sutil,

como a poeira dourada que dança nos raios de luz.

É a lembrança de verões distantes,

de abraços que hoje só existem na memória,

de conversas que se perderam no tempo,

mas que ainda ecoam em meu peito.

 

Eu sinto o cheiro de grama molhada após a chuva,

e sou transportado para a infância,

para os joelhos ralados,

para o gosto de terra e aventura.

Escuto o latido de um cão no quarteirão vizinho,

e me vem à mente o meu primeiro amigo de quatro patas,

sua lealdade incondicional,

seu olhar doce.

 

É um paradoxo, essa nostalgia.

Um fardo que, de alguma forma, me eleva.

Ela me lembra do que já vivi,

da riqueza das experiências que me moldaram.

É a âncora do passado que me mantém conectado

às raízes do meu ser,

às versões de mim mesmo que já não existem,

mas que deixaram suas pegadas no caminho.

 

Eu fecho os olhos,

e por um instante, estou lá,

naqueles dias que já se foram.

Quando os abro,

o sol ainda brilha, as crianças ainda correm,

e o mundo continua em seu fluxo constante.

Mas eu sinto uma doce melancolia no peito,

uma gratidão silenciosa

por todas as memórias que carrego,

tornando o presente mais denso,

mais significativo.

 

quarta-feira, 13 de junho de 2007

SEM SINAL

 

Sem sinal, mas sem estresse

 

 

O silêncio do chip, a tela escura,

Nenhuma barra, nada de frescura.

O mundo lá fora, um burburinho distante,

Aqui dentro, a paz, um instante constante.

 

Sem pings, sem likes, sem notificações,

A mente livre de mil tentações.

O ar puro entra, a brisa me toca,

A vida real, que a tela sufoca.

 

O passarinho canta, a flor se abre,

Detalhes que o online quase não sabe.

O livro na mão, a conversa sem pressa,

Sem sinal, sim, mas sem nenhum estresse.

 

Desconectar é preciso, é vital,

Para o coração, um sinal especial.

Ainda que o mundo corra em disparada,

A minha calma aqui não é alterada.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

UM FLAGRANTE

 

30 setembro 2007

 

UM FLAGRANTE

 

porque houve a vontade de escrever
e guardar o instante
que se fazia em palavras
emoção
risos
e cuidados para que ele
não desconfiasse.

e as tantas frases
que permaneceriam ocultas
foram identificadas e traduzidas
e descobertas
as formas das imensas delicadezas
com que nos tratávamos

o descuido que tirou o escudo
dos instantes de cuidados
e quebrou as barreiras
do pecado oculto
custou-nos esses muitos
sofreres
com os quais agora nos remoemos.
.
Vicente
.
.
.
"in finita mente
(a partir de um "conceito" desgastado)
os seres
as coisas
tudo perecível
não cabe no instante
o amanhã:
é imenso.
.
Wilson Guanais
.
.
.

By Vicente às setembro 30, 2007

quarta-feira, 23 de maio de 2007

VOZES NO VENTO

 

Vozes no Vento

sussurros antigos
viajam sem rumo
levados pelo vento
que nunca se cansa

são vozes de tempos
que ninguém esqueceu
contando histórias
de quem amou e partiu

elas passam leves
tocam o ouvido
como um conselho
ou um chamado

no vento, escuto
a canção invisível
de quem viveu antes
e vive ainda em mim

terça-feira, 22 de maio de 2007

PRESENÇA SILENCIOSA

 

Presença Silenciosa

Não precisas falar alto
para que te escutemos
tua voz é semente
que brota no fundo
quando tudo cala

Tu és o Deus que se senta
à mesa dos comuns
que anda na poeira da rua
que se deita com os cansados
e vela o sono dos que choram

não te escondes nas alturas
mas desces —
ao meio da dor
ao centro da espera
ao instante em que ninguém vê

e mesmo quando tudo parece ausente
há um sopro
uma paz sem razão
um calor que não vem do sol

é ali que sabemos:
estás aqui

não por merecimento nosso
mas por misericórdia tua