O
Peso Leve da Nostalgia
Eu
sento no banco da praça,
o
sol da tarde pintando as folhas das árvores
com
um dourado suave e melancólico.
Vejo
as crianças correndo,
suas
risadas leves e soltas
como
as folhas que o vento carrega.
E
em mim, uma sensação familiar se instala,
um
peso leve,
quase
etéreo,
que
reconheço como nostalgia.
Não
é a tristeza cortante da perda,
nem
a angústia do que não foi.
É
algo mais sutil,
como
a poeira dourada que dança nos raios de luz.
É
a lembrança de verões distantes,
de
abraços que hoje só existem na memória,
de
conversas que se perderam no tempo,
mas
que ainda ecoam em meu peito.
Eu
sinto o cheiro de grama molhada após a chuva,
e
sou transportado para a infância,
para
os joelhos ralados,
para
o gosto de terra e aventura.
Escuto
o latido de um cão no quarteirão vizinho,
e
me vem à mente o meu primeiro amigo de quatro patas,
sua
lealdade incondicional,
seu
olhar doce.
É
um paradoxo, essa nostalgia.
Um
fardo que, de alguma forma, me eleva.
Ela
me lembra do que já vivi,
da
riqueza das experiências que me moldaram.
É
a âncora do passado que me mantém conectado
às
raízes do meu ser,
às
versões de mim mesmo que já não existem,
mas
que deixaram suas pegadas no caminho.
Eu
fecho os olhos,
e
por um instante, estou lá,
naqueles
dias que já se foram.
Quando
os abro,
o
sol ainda brilha, as crianças ainda correm,
e
o mundo continua em seu fluxo constante.
Mas
eu sinto uma doce melancolia no peito,
uma
gratidão silenciosa
por
todas as memórias que carrego,
tornando
o presente mais denso,
mais
significativo.
6 comentários:
hummmmm
adorei os doces suculentos.
suculentos como os seus, não tinha provado ainda, rsssss.
muitos ....
poetamigo
rsssss
vc é demais amigos.
Com vc aqui tudo é bem mais legal, obrigada por td.
Sabe que to com muita saudades do blog, sem tempo pra ele,mas não sem tempo pros amigos.
Outros e outros
Vicente! "Estava eu posta em sossego..."rs, porque ninguém é de ferro, e não ando postando e nem comentando os amigos(férias bloguísticas...), quando vou dar uma olhadela rápida e vejo você no meu bloguinho!!! Caramba! Quase caí no teclado...rsrs Exageros à parte, pensei que você andasse longe!!!!!!!
Que delícia que está aqui, com a "doceria" em plena atividade!
E estou escondida (aqui)...porque não devia vir aqui e não ir aos demais...rs
Beijos, Vicente.
Logo voltarei.
Obrigada!!!!!! por tudo!
Dora
aiii
Se vc disse eu acredito...
Tb tenho um pouco de medo de mim, às vezes falo muito, deixo as pessoas acoadas...
Que bom saber que contigo foi diferente.
Muitos beijos amigo
Nao temer as palavras nao é fácil.palavras doces ,sao ótimas;palavras menos doce sao dificeis...mas palavras sao palavras e os poemas precisam de todas elas.Viajo pelos blogs e aqui e ali me encanto,me arrepio,me inqueito,me consolo,desconsolo,rio,quase choro...Sao as palavras(as ideias) que acabam abrindo a alma.Sem preconceito eu as recebo(nem sempre as minhas sao bem recebidas.Ossos do ofiício de poeta e humano!)Tudo bem>que tenham 3 a ouvir as bobeiras que digo...vai bem.Falar é exercicio de viver...difil,meu caro...mas nao temos outra arma tao poderosa como as palavras.Obrigadao pela força(sobreviver é comum aos poetas.)vou sobrevivendo.
Tá vendo amigo Vicente, você quase fez a Dora cair do teclado. Isso é bom, assim ela volta logo. MOntanhosoAbraço.
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