A Ânsia do Vazio
E a ânsia do vazio, uma
sede estranha
por aquilo que não tem
forma, não tem som.
Não é medo do nada, é o
acolhimento que se busca,
a promessa de um espaço
onde a dor não ecoa,
onde a intensidade se
dilui em silêncio puro.
É o chamado da ausência,
um convite para
desaparecer,
para que o fio se desfaça
de vez,
e a pressão ceda, e o peso
se esvai.
O vazio, então, não é mais
ameaça,
mas um refúgio, um ponto
de fuga,
onde a existência se apaga
e finalmente se encontra a
paz que a vida nega.
A Promessa do Vazio
E a promessa do vazio, uma
melodia suave
que sussurra alívio onde
antes só havia caos.
Não é uma ameaça, mas um
convite,
a certeza de que, ao fim,
tudo se dissolve,
e a pressão cessa, e o
ruído se cala.
É o vislumbre de um
descanso absoluto,
onde as perguntas se
apagam sem respostas,
e os problemas se desfazem
em nada.
O vazio, então, não é mais
um abismo a ser temido,
mas um horizonte sereno,
onde a paz finalmente se
instala,
uma calmaria sem fim para
a alma exausta.
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