Vazio Povoado
Um catálogo de vozes sem
coro,
ecoando em salas de
espelhos,
cada face uma emoção
avulsa,
flutuando em ar denso.
Não há norte, nem a
bússola cega
encontra repouso.
É o mar revolto dentro do
peito,
ondas de riso, abismos de
pranto,
todos quebrando na mesma
costa.
São cores que se misturam
sem ordem,
viram cinza, depois
irrompem em festa,
um caos belo e exaustivo.
Sou o palco onde todas as
peças
começam e terminam ao
mesmo tempo.
E no fim, o silêncio que
resta
é o som de todas as
emoções
se abraçando em um único
nó,
apertado, confuso, real.
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