terça-feira, 15 de junho de 2010

VAZIO POVOADO

 

Vazio Povoado

 

Um catálogo de vozes sem coro,

ecoando em salas de espelhos,

cada face uma emoção avulsa,

flutuando em ar denso.

 

Não há norte, nem a bússola cega

encontra repouso.

É o mar revolto dentro do peito,

ondas de riso, abismos de pranto,

todos quebrando na mesma costa.

 

São cores que se misturam sem ordem,

viram cinza, depois irrompem em festa,

um caos belo e exaustivo.

Sou o palco onde todas as peças

começam e terminam ao mesmo tempo.

 

E no fim, o silêncio que resta

é o som de todas as emoções

se abraçando em um único nó,

apertado, confuso, real.

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