O Vazio Que Se
Auto-Preenche
E o vazio que se
auto-preenche, um paradoxo
que desfaz a lógica do que
é ausência.
Não é um nada que espera
ser completo,
mas uma plenitude que
surge de si,
uma existência que se
basta sem ter.
É como a vastidão do céu
noturno,
que parece vazio, mas é
infinito em estrelas invisíveis,
uma profundidade que se
revela em sua própria essência.
Não há necessidade de
adição, de preenchimento externo,
pois a essência já está
ali, em cada não-coisa.
Nesse espaço, a paz é a
própria matéria,
o silêncio, a voz mais
alta que se pode ouvir.
É a libertação do conceito
de falta,
a descoberta de que o
vazio não é carência,
mas a forma mais pura de
ser, a totalidade em sua vastidão.
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