Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
sábado, 30 de dezembro de 2017
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Foto de Barra do Piraí - Sede da Guarda Municipal - Bairro Belvedere - 17-02-2016 - Vicente Siqueira
domingo, 10 de dezembro de 2017
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
domingo, 5 de novembro de 2017
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
MISTO
Misto
Permaneço mistério e
presença.
Não sou decifrável,
nem me desfaço ao toque.
Há um véu invisível
que me veste,
mesmo quando estou nu.
Minha face se revela em
sombras,
minha voz, em sussurros.
Sou o enigma que pulsa,
o rastro que ninguém segue
até o fim.
E nessa dualidade,
onde o conhecido se funde
ao indizível,
eu habito.
Sou o que você vê e o que
não vê,
o que você sente
sem nunca compreender
totalmente.
Um segredo vivo,
sempre aqui,
sempre além.
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Foto de Barra do Piraí - Trailer da Guarda Municipal - 2013
domingo, 15 de outubro de 2017
terça-feira, 10 de outubro de 2017
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
SOMBRAS QUE ABRAÇAM
Sombras que Abraçam
Quando a
luz se esconde
as sombras despertam
não para assustar
mas para envolver
elas são
braços longos
que acolhem o cansaço
e embalam o silêncio
com ternura escura
não há
medo aqui
só o toque suave
de quem sabe esperar
e abraçar sem julgar
as
sombras que abraçam
são refúgios secretos
onde o peito encontra
descanso e abrigo
e na
penumbra gentil
renasce a esperança
de um novo dia
sábado, 16 de setembro de 2017
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
domingo, 10 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Foto de Barra do Piraí - Centro da Cidade - Visto do Bairro Metalúrgica - 09-04-2016 - Vicente Siqueira
terça-feira, 15 de agosto de 2017
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
sábado, 5 de agosto de 2017
segunda-feira, 10 de julho de 2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
segunda-feira, 19 de junho de 2017
O NOME QUE NÃO TE DEI
O Nome que Não Te Dei
Há coisas que vivem sem etiqueta,
sem gaveta para guardar,
sem palavra que as contenha
em sua totalidade.
Tu és uma dessas coisas.
Não és amor, nem amizade,
nem familiar, nem estranho.
És a corrente invisível que liga
o que sou ao que sinto,
sem que o dicionário encontre termo.
Tentaram te enquadrar,
sussurraram definições,
mas a tua essência, vasta e livre,
escapa a qualquer forma fixa.
És o sopro, o silêncio que compreende,
a presença que não pede legenda.
E nesse não-nome reside a tua força,
a liberdade de ser o que se é,
sem o peso de expectativas,
sem o molde das convenções.
És a verdade nua,
o inexplicável que me faz sentir
mais viva, mais inteira,
justamente por não te dar
o nome que não te cabe.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
SILÊNCIO COMO ECO
Silêncio Como Eco
E o silêncio aqui dentro,
não é paz, é um eco.
O som das palavras não
ditas,
dos "talvez" que
nunca se concretizaram.
É a ressonância do
arrependimento,
um sussurro constante do
que poderia ter sido.
Cada oportunidade perdida,
um golpe que reverbera nas
paredes da alma.
Não há música, não há voz,
apenas o vazio que
responde a si mesmo,
um eco de "e se"
que se repete infinitamente,
preenchendo o espaço onde
a esperança morava.
sábado, 27 de maio de 2017
PROMESSAS RECONSTRUÍDAS
Promessas Reconstruídas
Eu reinvento promessas
quebradas.
Não as esqueço,
nem as jogo fora.
Pego os cacos, as pontas
soltas,
e com a argila do agora,
modelos novos começos.
Não é negação do que se
foi,
mas um teimar do que pode
ser.
No lugar da rachadura,
uma nova costura,
um desenho que antes não
havia.
Há quem diga que é ilusão,
que promessa morta não
ressuscita.
Mas em mim,
onde a fé é teimosa,
transformo o "nunca
mais"
numa chance que ainda
habita.
E assim, cada estilhaço
vira semente,
cada falha, um novo
caminho.
Porque em meu jardim
particular,
o que murchou pode sempre
florescer, de outro jeito,
mas com a mesma essência
de um amanhã que ainda
pulsa.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
SÓLIDA SOLIDÃO
SÓLIDA SOLIDÃO
Meu
quarto inerte me deixa só,
e o frio (estúpido) se desprende da
vidraça fechada atrás das cortinas
de cetim amarelo-doentio.
Em meu
peito, meus braços me dizem
que já não suportam o vazio
que deixas quando não vejo nem toco
teus lábios.
Quisera
poder sugá-los
por todos os ângulos,
em todos os lugares:
em minha cama,
no cinema,
no drive-in,
em qualquer parque onde brotam
as vincas,
na rua,
na dura realidade do dia a dia.
Até sentir que não
morrerei
na (não nessa) solidão.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
TÍTULO SEM NOME
Título Sem Nome
Amigo, sinto o vento dos fins se aproximando, como um sussurro na folhagem densa da tarde. O livro antigo, com suas páginas amareladas pelo tempo, ecoa uma promessa: Jesus virá. Não em um futuro distante, envolto em névoas de eras, mas agora, neste instante efêmero que nos veste. O tempo urge, amigo, pulsa em nossas veias como a melodia insistente de um chamado. É hoje o dia de desabrochar a flor mais íntima, aquela que reside no jardim secreto do peito. É hoje o momento de ofertar, sem reservas, o relicário frágil e precioso do teu coração a Ele, que na quietude da eternidade, espera. A espera não é ansiosa, mas compassiva, como a do jardineiro que aguarda o tempo certo para a colheita. Entrega, amigo, essa morada de sentimentos, com suas alegrias e sombras, suas canções e silêncios. Ele acolherá, com a ternura do sol que beija a terra, a singularidade da tua essência.
E a velha palavra insiste: Jesus, ele vem. Não amanhã, nem depois da curva do tempo.
Agora. Este rasgar de presente. O tempo sangra urgência.
É hoje, amigo. A mão aberta, o gesto puro. Dar.
A Ele, silencioso na vastidão, a pupila da espera.
Teu coração. Essa matéria bruta, esse tremor de vida. A entrega. Sem laços, sem nós. Só o ser exposto.
Haverá um dia, prenhe de um silêncio carregado, em que aqueles que percorrem os caminhos da existência alheios à presença divina sentirão o peso da ausência como um manto de chumbo. As lágrimas, antes represadas pela ilusão da autossuficiência, jorrarão como fontes amargas, inundando a alma com a percepção tardia de um vazio insondável. A luz se extinguirá para eles, e a escuridão, outrora ignorada, se fará morada constante, fria e opressora.
Naquele tempo sombrio, a melodia da vida se transformará em um coro de gemidos lancinantes. O riso emudecerá, substituído pelo eco doloroso da constatação. O ódio, cultivado nos recantos sombrios do espírito, e a dor, sua fiel companheira, romperão as barreiras do silêncio, propagando-se em ondas de aflição. A escuridão não será apenas a ausência de luz, mas a própria manifestação do sofrimento, um lugar onde a alma se debate em vão, prisioneira das consequências de um caminho percorrido sem a bússola da fé.
Sob o sol negro de um éon olvidado, onde a grama espectral sussurra lamentos antigos, os Desprovidos, almas errantes sem o farol celeste, irão provar o fel da noite eterna.
Lágrimas de obsidiana, não de contrição, mas de angústia cósmica, verterão dos seus olhos vazios, poças de sombra na terra desolada.
O ar rarefeito vibrará com um único som: o gemido gutural da perda primordial, ressoando pelas ruínas de mundos extintos.
Ódio, serpente de escamas fuliginosas, erguerá a cabeça hedionda, e sua voz, um raspar de pedras tumulares, será a única canção na vastidão sombria.
Dor, espectro de mil pontas geladas, dançará em torno dos Desprovidos, tecendo um sudário de agonia infinita na escuridão que os engolirá por completo.
Não haverá aurora, nem sussurro de perdão, apenas o reino espectral da Noite sem Deuses, onde o sofrimento é a moeda corrente e o eco dos gemidos, a única litania.
terça-feira, 9 de maio de 2017
FLAGRADOS
Flagrados
não podia estar lá
quando queria estar aqui,
nesse jogo de abraços
que anseia pernas tocadas,
no risco de sermos descobertos.
não ousara dizer não ao momento,
ao encantamento,
ao toque de Midas
que transforma
o cinza da frente fria
em dourado
de calor generoso.
são bocas sabendo a graça
de se esconderem
uma na outra,
uma pra outra,
na exploração
que não conhece fadiga
e não suporta a tirania
dos ponteiros
dos relógios.
por isso, o escorregão
no atraso
denunciou os cheiros
e as perguntas
sem respostas,
sem explicações.
sábado, 6 de maio de 2017
PENSAMENTOS ATROPELADOS
Pensamentos
Atropelados
Corri sem
rumo,
e as palavras tropeçaram nos meus pés.
Pensei em
te dizer tudo,
mas os pensamentos se atropelaram,
uns batendo nos outros,
desabando em silêncio.
Era amor,
era medo,
era urgência,
era não saber ser.
No meio
da confusão,
eu te olhei —
e bastou.
O que não
cabia na fala,
se ajeitou no brilho dos olhos.
PENSAMENTOS ATROPELADOS (Versão Livre)
Pensamentos
Atropelados (versão
livre)
atropelo
—
esbarro nas palavras
corto esquinas do que sinto
não encaixo frases,
não domino o caos.
te penso
— te fujo — te busco
tudo junto,
sem linha reta,
sem ponto final.
uma ideia
atravessa a outra,
feito carros numa rua sem semáforo,
e eu no meio,
tentando lembrar
por que mesmo eu queria falar?
(aí você
sorri)
e a
cidade inteira silencia.
PENSAMENTOS ATROPELADOS (Versão Minimalista)
Pensamentos
Atropelados (versão
minimalista)
penso —
tropeço — calo.
te vejo
e o mundo desaba
num piscar.
sem mapa,
sem aviso,
sem defesa.
só você,
e eu
esquecendo
tudo.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
sábado, 15 de abril de 2017
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Foto de Barra do Piraí - Centro da Cidade - Visto do Bairro Morro do Gama 04-04-2016 - Vicente Siqueira
sábado, 8 de abril de 2017
OS QUE OUVIRAM, OS QUE FUGIRAM
Os Que Ouviram, Os Que Fugiram - Capítulo IV
A voz
havia sido lançada
como raio que não toca a pele,
mas arde por dentro da essência.
E a Terra
estremeceu —
não por terremoto,
mas porque corações se dividiram
como mares diante do vento antigo.
Os que
ouviram…
pararam no meio de seus caminhos.
Sentiram a espinha gelar com ternura,
e os olhos se encheram de memória
sem saber do quê.
Um
lavrador largou sua enxada,
e ajoelhou sem saber por que.
Uma
criança, sem entender o que era fé,
sorriu para o céu e disse “eu lembro”.
Um velho
cego, num banco de praça,
chorou, porque viu.
Mas nem
todos quiseram escutar.
Alguns
taparam os ouvidos com promessas vazias.
Outros riram —
como se a Eternidade fosse brincadeira
inventada por homens cansados de viver.
“É só
vento”, diziam.
“É só emoção.”
E
voltaram a dormir
em camas que não os sonhavam mais.
Mas para
os que ouviram,
mesmo sem entender,
algo mudou.
As
árvores pareciam dizer seus nomes.
O tempo caminhava ao lado deles.
E onde antes havia ruína,
brotavam janelas para o alto.
Na Cidade
Suspensa,
os sinos tocaram sozinhos.
No Trono
Vivo,
Cristo sorriu —
pois a Palavra não volta vazia.