A ele
Amigo, o fim se achega. Não como um trovão distante, mas um passo na areia.
E a velha palavra insiste: Jesus,
ele vem.
Não amanhã,
nem depois da curva do tempo.
Agora.
Este rasgar de presente.
O tempo sangra urgência.
É hoje, amigo.
A mão aberta,
o gesto puro.
Dar.
A Ele,
silencioso na vastidão,
a pupila da espera.
Teu coração.
Essa matéria bruta,
esse tremor de vida.
A entrega.
Sem laços, sem nós.
Só o ser exposto.
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