quarta-feira, 9 de maio de 2018

O VENTO DOS FINS

                      

                    O Vento dos Fins


Amigo, sinto o vento dos fins se aproximando, como um sussurro na folhagem densa da tarde. O livro antigo, com suas páginas amareladas pelo tempo, ecoa uma promessa: Jesus virá. Não em um futuro distante, envolto em névoas de eras, mas agora, neste instante efêmero que nos veste. O tempo urge, amigo, pulsa em nossas veias como a melodia insistente de um chamado. É hoje o dia de desabrochar a flor mais íntima, aquela que reside no jardim secreto do peito. É hoje o momento de ofertar, sem reservas, o relicário frágil e precioso do teu coração a Ele, que na quietude da eternidade, espera. A espera não é ansiosa, mas compassiva, como a do jardineiro que aguarda o tempo certo para a colheita. Entrega, amigo, essa morada de sentimentos, com suas alegrias e sombras, suas canções e silêncios. Ele acolherá, com a ternura do sol que beija a terra, a singularidade da tua essência.

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