terça-feira, 15 de abril de 2025

CADEIRA VAZIA

 

A Cadeira Vazia

o balanço lento na varanda um ritmo fantasma no ar parado a marca tênue no chão de madeira onde os pés costumavam pousar

o tricô inacabado no colo agulhas inertes, fios suspensos a leitura interrompida na página dobrada ao acaso

e nem havia vento para mover as cortinas da sala apenas a quietude densa onde a voz ecoava ausente

a lembrança do riso um som distante, quase esquecido o calor do corpo ausente moldando o vazio do assento

o olhar vago perdido na paisagem buscando uma silhueta familiar a esperança teimosa de um retorno improvável

e a aceitação dolorosa de que alguns espaços guardam para sempre a forma da saudade

Agora usa essa frase como tema: onde a voz ecoava ausente

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