Ecos de Asfalto
o asfalto
guarda histórias
que ninguém mais escuta
passos que deixaram marcas
e vozes que se perderam no vento
cada
rachadura é um verso
cada mancha, um segredo
o concreto respira passado
em silêncio urbano
eu
caminho por essa pele fria
onde o tempo escreve
e reescreve
as memórias invisíveis
os ecos
do asfalto
me falam em murmúrios
de quem passou
e de quem ficou
e mesmo
na pressa da cidade
há um canto
uma lembrança
um lugar para ser ouvido
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