Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
domingo, 1 de dezembro de 2019
sábado, 30 de novembro de 2019
Foto de Barra do Piraí - Edifício Garagem Vertical Parking - Bairro Chácara Farani 15-01-2018 -
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
terça-feira, 15 de outubro de 2019
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
ROCHA INTOCADA
Rocha Intocada
Eu sou rocha que ninguém
pisou.
Nem musgo, nem lodo,
nem a marca de um pé
errante.
Nenhuma bandeira fincada,
nenhuma história escrita
em mim.
Sou a dureza de um tempo
que não teve testemunhas.
A aspereza original,
o silêncio geológico
antes mesmo do eco.
Minha solitude não é
falta,
é essência.
Uma integridade de pedra,
onde a erosão
é só o tempo que se olha.
E mesmo assim,
sinto em mim o peso da
chuva que nunca caiu,
e a promessa de um sol
que me fará brilhar,
mesmo que para olhos
que nunca virão.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
PÁGINA EM BRANCO
Página em Branco
Não escrevi nenhuma
história.
Minha vida é um livro
de páginas lisas,
intocadas.
Nenhum enredo de aventura,
nem drama, nem riso alto.
As canetas secaram,
as palavras calaram
antes de virar tinta.
Sou o começo que não
explodiu,
o meio que não teceu,
o fim que nem chegou a ser
ponto.
Um rascunho de alma
sem linhas para preencher.
Mas talvez na ausência,
na tela vazia,
esteja a minha verdade.
A quietude de quem vive
sem precisar contar.
Onde a história é só o
sopro,
o ar que se respira,
e se dissipa sem deixar
vestígios.
domingo, 1 de setembro de 2019
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
domingo, 25 de agosto de 2019
terça-feira, 20 de agosto de 2019
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
terça-feira, 30 de julho de 2019
quinta-feira, 25 de julho de 2019
sábado, 20 de julho de 2019
segunda-feira, 15 de julho de 2019
quinta-feira, 11 de julho de 2019
A ETERNA SEDE DO VIAJANTE
A Eterna Sede do Viajante
Desde o orvalho na folha do campo até a fumaça densa nos bares da madrugada. Pelos becos estreitos onde a sombra se esconde, nas avenidas largas que engolem o horizonte. Nas praias onde a onda desfaz e refaz promessas.
Em todas as casas de paredes finas ou fortes, nas cavernas que guardam segredos primevos, nas palhoças frágeis erguidas contra o vento.
Por todo o tempo que foi, pelo tempo que é, e pelo tempo que virá, existirão, como sempre existiram, os seres.
Com a sede inextinguível nos olhos, com as mãos estendidas no vazio ou na pressa, com o coração batendo no ritmo de um anseio. Em busca de algo cujo nome escapa, uma verdade talvez, um refúgio, um sentido. Ou em busca de alguém, um olhar que compreenda, um toque que acalme, uma presença que preencha o espaço vasto da solidão.
Essa busca é a respiração secreta do mundo dentro de mim, o murmúrio constante sob o ruído dos dias. Ela atravessa paisagens e épocas, veste diferentes roupagens, mas a essência é a mesma: o ser eterno a procurar, a esperar, a estender-se rumo a algo ou alguém.
quarta-feira, 10 de julho de 2019
terça-feira, 9 de julho de 2019
MUDEZ INTERIOR
Mudez Interior
Minhas palavras não têm
som.
Elas nascem e morrem
no avesso da garganta,
um grito mudo que só eu
entendo.
Não há eco,
nem melodia.
Apenas o silêncio denso
do que não se diz,
do que se desintegra antes
de tocar o ar.
São como ondas sem praia,
chuva que não atinge o
chão,
um sussurro que se perde
no próprio abismo.
E talvez seja melhor
assim.
Que elas habitem o
não-dito,
esse espaço secreto
onde a verdade não precisa
de voz para existir.
segunda-feira, 1 de julho de 2019
domingo, 30 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
PÁGINA EM BRANCO
Página em Branco
Não escrevi nenhuma
história.
Minha vida é um livro
de páginas lisas,
intocadas.
Nenhum enredo de aventura,
nem drama, nem riso alto.
As canetas secaram,
as palavras calaram
antes de virar tinta.
Sou o começo que não
explodiu,
o meio que não teceu,
o fim que nem chegou a ser
ponto.
Um rascunho de alma
sem linhas para preencher.
Mas talvez na ausência,
na tela vazia,
esteja a minha verdade.
A quietude de quem vive
sem precisar contar.
Onde a história é só o
sopro,
o ar que se respira,
e se dissipa sem deixar
vestígios.
terça-feira, 25 de junho de 2019
Foto de Barra do Piraí - Praça Nilo Peçanha - 10-01-2018 - Vicente Siqueira
quinta-feira, 20 de junho de 2019
quarta-feira, 19 de junho de 2019
SOBREVIVER ÀS PERGUNTAS
Sobreviver às Perguntas
Não são só as respostas que pesam,
mas a avalanche de interrogações
que brotam da terra, do ar,
do silêncio mais profundo.
Elas chegam como maré cheia,
onda após onda,
cada uma trazendo seu grão de areia
de dúvida existencial.
Como respirar sob tanto "porquê"?
Como caminhar quando o chão
é feito de "e se"?
Não há abrigo, não há fim.
A luta não é para encontrar o porto,
mas para aprender a boiar
no oceano de "quem sou eu",
de "qual o sentido".
É um fôlego longo,
um músculo da alma que se estica
para não ceder ao abismo
aberto por cada nova questão.
E assim, entre um ponto e outro,
entre o abismo e o abismo,
eu aprendo a existir,
não apesar das perguntas,
mas por causa delas.
Sobreviver é a única resposta,
quando todas as outras
se recusam a chegar.
sábado, 15 de junho de 2019
VIDA SENTIDA EM CARNE VIVA
Vida Sentida em Carne Viva
E a vida sentida em carne
viva,
cada toque, uma pontada.
Não há escudo, não há pele
grossa,
apenas a exposição crua da
alma.
É como se os nervos
estivessem à flor da pele,
captando cada vibração,
cada sussurro do mundo.
O amor, quando surge, é um
incêndio;
a dor, um abismo sem fim.
Não há meios-termos, não
há tons pastéis,
apenas a explosão das
cores mais intensas,
pintando a existência com
traços fortes e violentos.
A sensação é tão real, tão
presente,
que a respiração se torna
um ato consciente,
uma luta para suportar o
que se sente.
segunda-feira, 10 de junho de 2019
sábado, 1 de junho de 2019
Foto de Barra do Piraí - RJ - Avenida Ramiro Jaime da Fonseca - Avenida Beira-Rio - 03-02-2018 - Vicente Siqueira
quinta-feira, 30 de maio de 2019
sábado, 25 de maio de 2019
quinta-feira, 23 de maio de 2019
RUAS EM SILÊNCIO
Ruas em Silêncio
Quando a
cidade dorme
as ruas se fazem silêncio
um silêncio que fala
em vozes mansas e pausadas
não há
pressa nem barulho
apenas o sussurro do vazio
e o eco das lembranças
que ficaram no asfalto
essas
ruas silenciosas
guardam os segredos do dia
os passos que não ouvimos
e os sonhos que ainda vêm
é no
silêncio da rua
que encontro a paz oculta
a promessa de um novo
amanhecer
O EFÊMERO TEATRO DA VIDA
Efêmero Teatro da Vida
Eu
me sento, espectador silencioso,
no
grande palco do mundo.
As
luzes mudam com o passar das horas,
o
cenário, a cada estação.
E
os atores, nós mesmos,
entram
e saem de cena,
em
um balé constante de chegadas e partidas.
É
o teatro efêmero da vida.
Eu
observo os figurinos, as máscaras,
as
expressões que mudam a cada fala,
a
cada passo.
Há
o drama, a comédia, a tragédia,
tudo
misturado em um enredo sem ensaio prévio.
As
cortinas se abrem e se fecham,
e
a cada ato, uma nova versão de nós surge,
moldada
pelas experiências,
pelas
dores, pelos amores.
Há
cenas que eu gostaria de pausar,
de
reviver em câmera lenta:
o
riso que explodiu sem motivo,
o
abraço que me aqueceu a alma,
o
instante de revelação que mudou tudo.
E
há outras que eu gostaria de apagar,
de
reescrever,
mas
o script não permite.
A
vida segue seu curso imparável,
e
nós, apenas interpretamos nossos papéis.
Eu
sinto a fragilidade de tudo.
A
beleza que desabrocha e fenece,
a
voz que se cala,
o
olhar que se perde no horizonte.
Mas
também sinto a força da impermanência,
que
nos ensina a valorizar cada aplauso,
cada
silêncio,
cada
respiração no palco.
E
ao final do dia, quando as luzes diminuem,
e
o palco se prepara para a próxima performance,
eu
me levanto, talvez um pouco mais sábio,
um
pouco mais consciente
de
que sou parte dessa grande peça sem fim.
E
a cada amanhecer,
a
cortina se ergue novamente,
e
eu estou pronto para o meu próximo ato,
nesse
teatro efêmero e maravilhoso que é viver.
segunda-feira, 20 de maio de 2019
quarta-feira, 15 de maio de 2019
domingo, 12 de maio de 2019
INFLAÇÃO - MONSTRO VORAZ
Inflação - Monstro Voraz
O pão na prateleira
Olha pra mim
Com um preço que era de ontem
Mas hoje
É o dobro
Ou mais.
O carrinho do mercado
Encolhe.
As marcas preferidas
Viraram luxo.
A gente faz conta
No corredor
Com a calculadora do celular
E a esperança minguando.
O salário?
Ah, o salário...
Um papel que derrete
Nas mãos.
Compra menos,
Vale menos,
A cada dia que passa.
O futuro fica turvo.
Os planos,
Aqueles pequenos sonhos
De uma viagem,
De uma reforma,
De um conforto a mais,
Adormecem.
Ou fogem.
A gente aperta o cinto.
De novo.
E de novo.
Até sentir o osso.
O dinheiro que não dá
É a conversa da esquina,
Do almoço,
Do fim do dia.
Inflação alta.
Não é só um número
Na notícia.
É a vida que encolhe
No prato,
No bolso,
Na alma da gente.
MONSTRO VORAZ
(Soneto sem fim)
E o troco some, vira pó no ar,
O que era certo, hoje é incerto assim,
O quilo do queijo, triste de pagar.
A feira murcha antes de chegar em casa,
O sonho de ter algo vai morrendo,
A cada novo dia, a vida escassa,
O bolso chora, a gente vai sofrendo.
A conta chega cruel, sem ter piedade,
O plano de poupar, vira miragem,
E o futuro incerto, sem claridade,
A vida aperta em cada nova passagem.
Assim a inflação, monstro voraz,
Consome a esperança, rouba a paz.
sexta-feira, 10 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
CENSORED
Censored
tanta batalha de ser contrário ao cérebro,
que insistia em afirmar:
não,
que o momento não se fazia preparado.
quedaram-se, então,
lábios e pensamentos
apressados em ânsias
de tanto se entregar
à procura dos arrepios,
dos movimentos desconexos,
dos prazeres da pele
— e do corpo mais profundo.
refeitos do susto causado
pelo encontro com o instante
de encantamento
e de louvor ao prazer,
quem passou a dar ordens
ao cérebro, antes tímido,
foram, a um só tempo,
lábios e mãos
que, despudorados,
não se permitiam censuras.
quarta-feira, 1 de maio de 2019
INSÔNIAS
INSÔNIAS
Escancarou-se
a boca da noite,
a engolir-me em seus
deprimentes silêncios,
estilhaçando cristais.
Seus
tentáculos sustentados
em minha garganta,
tirando-me a calma
e a alma.
Lá,
não-sei-onde,
o badalar de não-sei-quantas
horas a avisar-me
que se avizinhava a manhã,
doentia,
grávida de sol.
Não é o
tempo que não passa,
são os cães que não ladram,
as corujas que não piam,
o aquário que não borbulha,
(e os scotchs que não são mais
os mesmos,
definitivamente não são).
A cama se faz imensa,
mas o abandono me reclama,
enquanto o buscar solitário
da saciedade
ainda se refestela em mim,
em gotas que,
cristalinas,
despencam do chuveiro
reparador.