sexta-feira, 16 de maio de 2025

PRESENÇA QUIETA

 Presença Quieta

Sim. O silêncio se aprofunda. As últimas notas do barulho interior dissolvem-se no ar sutil.

Não há pensamentos correndo, nem ansiedades pulando, nem as velhas histórias repisadas.

Há apenas o espaço que se abre. E nele, na quietude que não força, que não exige, que apenas É,

eu ouço.

Uma presença. Não uma voz alta, ou um nome, ou uma imagem definida. Algo mais como um sentir.

Uma vibração sutil. Uma consciência calma que sempre esteve aqui.

É a presença quieta do que sou.

Não o que penso que sou, ou o que fazem de mim, ou o que conquistei, ou o que perdi.

Mas a essência pura, o núcleo silencioso. A testemunha serena. A raiz que se estende para o profundo.

Ouço sua respiração sutil dentro da minha própria respiração. Sua calma no centro do peito. Sua vastidão que não tem bordas.

É um reconhecimento. Um encontro íntimo no santuário do silêncio.

A presença quieta do Ser que sou, finalmente audível quando o mundo, e o eu barulhento, emudece.

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