As Marcas da Travessia
Não
há pele que seja pura,
sem
a história de um arranhão,
de
uma rasura.
Cada
marca,
um
relevo na paisagem do corpo,
do
espírito,
é
o sinal deixado pela ferida,
o
traço indelével da dor.
Mas
nesse desenho,
nessa
linha que agora se assenta,
reside
a memória mais profunda:
a
da superação.
Não
é o grito do momento do corte,
mas
o silêncio da cura que se anuncia.
A
cicatriz,
essa
testemunha calada,
não
fala da queda,
mas
do chão que a alma encontrou depois,
da
força que o corpo buscou
para
se erguer de novo.
Ela
é a prova, serena e firme,
de
que a vida,
em
sua infinita capacidade de renovação,
sempre
encontra um jeito,
um
novo alento,
para
continuar.
"Não há ferida que não deixe um sinal, e é nesse sinal que reside a memória da superação. A cicatriz é a testemunha silenciosa de que, apesar da queda, o corpo e o espírito souberam se levantar. Ela é o lembrete de que a vida sempre encontra um jeito de continuar."
Vicente Siqueira
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