PAUSA
doía uma dor
que era só minha
dor de todos os cotovelos
talvez.
carro desligado
estacionado
próximo ao semáforo.
do meu ponto de observação
as pessoas se acumulavam
de ambos os lados
com o sinal verde pra mim
e se atiravam em suas pressas debandadas
quando os carros paravam em seus vermelhos bloqueios.
meus olhos atentos
e esse clima de “morir”
que a medicina não explica e o melhoral não passa.
queria a sensação de estar de volta a casa
começar do zero
recomeçar.
queria vislumbrar assim os dias
simples
sem os verde-vermelhos
dos semáforos
quando revisse você
que pediu-me um tempo
uma pausa
pra pensar.
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