Silêncio Presente, Leveza Agora
A voz que em mim reside, um murmúrio por vezes estrondoso, no presente se recolhe, silêncio denso que não busca eco.
As palavras, antes lançadas ao vento, na ânsia de serem ouvidas, repousam na quietude interior, sementes de um jardim secreto.
Meu peso, a carga dos dias idos, as responsabilidades abraçadas, as expectativas alheias, dissolve-se na leveza do agora.
Os ombros, outrora curvados, sob o fardo invisível do tempo, endireitam-se, livres da pressão, sustentando apenas a leveza do ser.
Não há necessidade de gritar para existir, nem o fardo de carregar o mundo. Neste instante presente, sou a pura essência, despojada.
A voz interior encontra paz no silêncio, e o corpo experimenta a liberdade de não ser dobrado pelo peso de um passado ou futuro imaginados.
Há uma força serena nesta ausência de eco, nesta libertação do fardo. Permito-me ser leve, habitar o presente sem o ruído constante da voz que busca validação, sem o peso que aprisiona os movimentos.
Neste silêncio presente, nesta leveza agora, encontro a verdade simples de ser.
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