Seguindo Apesar de Tudo
Meu passo marca a areia que o vento apaga.
À frente, a linha clara onde o céu encontra o mar, ou a terra.
Chamo-o horizonte. É meu ponto, meu norte, minha promessa de chegada.
Mas caminho, e a linha se move. Não fica, não espera.
É um convite constante, não uma meta fixa. A cada passo dado, ela recua, mantendo a mesma distância misteriosa.
Minha busca, então, não tem fim. Não é por um lugar, mas pelo movimento.
Pela ânsia de ir, de ver o que há depois. Mesmo sabendo que o depois será apenas o antes de outro horizonte.
É a dança eterna entre o que sou e o que persigo. Uma sede que se renova com cada vislumbre.
Não há mapa final, apenas a bússola interna apontando sempre adiante.
Minha busca é infinita. No horizonte que incansavelmente se move. E eu, com ele, num eterno seguir.
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