O Sopro do Agora
O ar entra, fresco, desfazendo as névoas do passado, ignorando as sombras do futuro.
Este sopro, apenas este, enche os pulmões de vida nua, sem o peso das lembranças, sem a ansiedade do que virá.
O peito se expande, um universo breve, contido neste único instante, onde o tempo se dobra e silencia.
Sinto o pulsar do sangue, a certeza silenciosa de que existo agora, plenamente.
Os ruídos ao redor se aquietam, tornam-se parte da sinfonia fugaz deste momento único, irrepetível.
O pensamento se aquieta, como folha que cai sem pressa, liberando espaço para a pura sensação de ser.
Respiro este agora, como se fosse a primeira e última vez, absorvendo cada nuance, cada micro-detalhe da existência.
E neste simples ato, encontro a liberdade, a paz que reside na aceitação plena do presente.
Este sopro é meu lar, meu refúgio seguro, o ponto de apoio firme na dança incessante do existir.
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