Ecos da Terra
Ecos da terra, sussurros sob a poeira do tempo. Ilhas distantes, colinas que guardam segredos.
Moais, não apenas rostos, gigantes de pedra desenterrados, vinte metros de silêncio, como se moveram? Que mãos ergueram o impossível?
Nan Madol, cidade na vastidão azul, pedra sobre pedra, mistério isolado. Quem teceu tuas ruas de basalto, desaparecido no eco das ondas?
Göbekli Tepe, o ventre escondido da história, círculos enterrados, por quê? Georadares penetram o chão, revelam mais e mais segredos adormecidos.
Dez mil anos atrás, talvez o céu chorou fogo, cometas em pedaços, um cataclismo cósmico, varrendo civilizações desconhecidas.
Lacunas na narrativa humana, espaços em branco à espera. Cada pá de terra, cada eco de radar, uma nova pergunta.
Reescrever a história, desvendar o passado. Um passo à frente, uma nova incógnita se revela.
A busca é infinita, um horizonte que se move. Somos detetives do tempo, poetas do desconhecido.
A terra fala, em línguas de pedra e silêncio. E nós, ouvimos, desvendamos, reescrevemos, sob o olhar vasto do cosmo.
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