A Seta Infinita
Não
há como negociar
com
a linha que se estende.
O
segundo, quando nasce,
já
se despede.
Não
há pedido,
nem
súplica,
nem
barganha.
Ele
não para para ouvir.
O
relógio interno do mundo
segue
um ritmo próprio,
imutável.
Não
conhece o atraso,
não
aceita a pausa.
Somos
nós que corremos,
ou
rastejamos,
ou
paramos,
enquanto
a seta aponta sempre para a frente.
E
nessa marcha incansável,
nesse
avanço sem freio,
moram
as perdas e as chances,
o
que foi e o que será.
Porque
ele não espera.
Apenas
vai.
E
o que nos resta
é
aprender a ir com ele.
"O tempo, rio que não volta, nos leva para águas que jamais vimos."
Vicente Siqueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário