O Amor em Forma de Prece
Será que
posso amar
com fé
e com devoção?
Não esse
amor de instante,
de promessas sem raiz,
mas aquele que se ajoelha
diante do outro
como quem reconhece um altar.
Um amor
que não exige,
mas cuida —
mesmo no silêncio,
mesmo na ausência.
Que
permanece,
não por força,
mas por escolha sagrada.
Será que
posso amar
com a entrega dos antigos,
com a confiança dos que acreditam
sem ver?
Amar com
mãos abertas,
com olhos que perdoam,
com tempo que espera.
Não sei
se consigo,
mas meu coração já tenta
como quem acende uma vela
na escuridão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário