Caderno Aberto
Um
caderno aberto
não pergunta por quê.
A folha aceita o que vier:
silêncio, rabisco,
vento de mulher.
Não exige
forma,
não impõe juízo.
Aceita o risco
de um céu partido,
de um riso indeciso.
Quem
escreve, voa.
E quem voa, vê
que a criação
é ponte de luz
sobre o talvez.
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