A Cor Que Se Esconde
A cor não
grita —
ela espera, escondida
no canto do verso,
na dobra do dia.
Às vezes,
vem cinza
feito céu sem resposta,
às vezes, explode
num azul que aposta.
É o
vermelho
do susto ou do sangue,
o amarelo
que dança na língua,
o verde do tempo
que nunca se cansa.
Criar é
manchar o vazio
com o tom que se sente,
pintar com o pulso
aquilo que mente.
Porque há
cores que nascem
só quando se escreve.
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