O Cheiro da Criação
Criar tem
o cheiro
do pó das palavras,
um perfume antigo
que a tinta espalha.
Às vezes
é terra molhada,
ou flores em botão,
ou o doce do instante
que escapa da mão.
É o aroma
do próprio medo,
a essência do começo,
um cheiro que lembra
tudo o que é impreciso.
o que não se vê,
é inspirar o vazio
e respirar o que virá
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