O Sopro do Espírito - Capítulo VIII
Quando
Cristo cessou sua fala,
o silêncio era tão denso
que o tempo parou para escutar.
Então
veio o Espírito —
não como figura visível,
mas como brisa que atravessa dimensões,
como som que só o coração reconhece.
As
folhas das árvores de cristal tilintaram.
Os rios falaram em suas correntezas.
E toda criatura sensível estremeceu.
**“Quem
tem ouvidos… ouça.
Ouça além do som,
além da letra,
além da mente.
O
que digo não é sussurro humano,
mas sopro do Eterno.
As
igrejas são candeias,
e eu ando entre elas.
As almas são taças,
e eu as encho com vinho novo.
Desperta,
ó terra adormecida!
Pois os céus estão falando,
e os que ouvem viverão.”**
Um
clarão cruzou o firmamento,
e cada estrela respondeu ao chamado com luz mais viva.
Naquele
instante,
toda a Criação parecia aguardar —
não com medo,
mas com esperança contida.
Pois
a Palavra havia sido liberada,
e quem tivesse ouvidos…
jamais seria o mesmo.
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