O Trono das Alturas - Capítulo VII
Ainda
havia brasas no chão
onde os pés de Cristo haviam passado.
E no ar pairava uma melodia antiga,
como se os céus entoassem uma nota
que a Terra havia esquecido.
Então a
voz retornou —
não de fora,
mas de dentro,
ecoando no templo secreto do espírito:
**“Ao que
vencer…
darei não um prêmio de ouro,
mas um lugar ao meu lado.
Assentar-se
comigo —
não como servo,
mas como filho que voltou.
Assim
como venci as trevas do mundo
e me assentei com meu Pai
acima dos véus do tempo,
também tu vencerás,
e te darei assento no trono das alturas.”**
Aos pés
da colina suspensa no ar,
uma escada feita de promessas surgiu,
e cada degrau era uma lembrança vencida,
cada passo, um pedaço do ego que se rendia.
No alto,
não havia trono de ouro,
mas um assento de luz viva —
onde os que vencem não dominam,
mas servem com glória.
Cristo
estendeu a mão,
e aquele que ouvira a voz
sentiu o peso leve da eternidade.
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