quinta-feira, 8 de maio de 2025

O TRONO DAS ALTURAS

O Trono das Alturas - Capítulo VII

Ainda havia brasas no chão
onde os pés de Cristo haviam passado.
E no ar pairava uma melodia antiga,
como se os céus entoassem uma nota
que a Terra havia esquecido.

Então a voz retornou —
não de fora,
mas de dentro,
ecoando no templo secreto do espírito:

**“Ao que vencer…
darei não um prêmio de ouro,
mas um lugar ao meu lado.

Assentar-se comigo —
não como servo,
mas como filho que voltou.

Assim como venci as trevas do mundo
e me assentei com meu Pai
acima dos véus do tempo,
também tu vencerás,
e te darei assento no trono das alturas.”**

Aos pés da colina suspensa no ar,
uma escada feita de promessas surgiu,
e cada degrau era uma lembrança vencida,
cada passo, um pedaço do ego que se rendia.

No alto, não havia trono de ouro,
mas um assento de luz viva —
onde os que vencem não dominam,
mas servem com glória.

Cristo estendeu a mão,
e aquele que ouvira a voz
sentiu o peso leve da eternidade.

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