Poesia suave para nossa amizade
era como uma liturgia,
onde o tempo se aquieta,
e o silêncio se torna melodia.
Cada palavra, um toque leve,
nos gestos trocados, sem pressa,
um canto sem necessidade de ser ouvido,
mas que se faz presente em cada presença.
Era o rito do olhar que se entende
sem palavras, um encontro profundo,
como se estivéssemos em um templo secreto
onde o mais simples gesto se tornava profundo.
A amizade, assim, era oração sem fim,
onde o sagrado não precisava ser dito,
mas vivido, em cada silêncio compartilhado,
em cada risada que se transformava em canção.
E eu sabia que, mesmo nos dias cinzentos,
nossa liturgia seria refúgio,
como a suave brisa que toca o rosto
e nos faz sentir o coração mais sereno
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