Gravidade Pessoal
Eu sou o fardo.
Não o que carrego,
mas o que pesa
em cada passo,
em cada pensamento.
Neste mundo,
onde a leveza é buscada,
sou a âncora,
o peso intrínseco
da minha própria existência.
Não é culpa,
nem castigo.
É a constituição de ser,
a matéria densa que me compõe,
o arrasto invisível
em meu próprio caminho.
Sou a paisagem e o caminhante,
o ar e a resistência que ele impõe.
O eco da minha própria presença,
a gravidade que me mantém
aqui,
neste meu mundo.
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