Confissões Silenciosas
Há um cofre,
não de metal ou madeira,
mas de ar e pulsação,
onde repousam os segredos
que guardei em mim.
Não são tesouros de pirata,
nem mapas de ilhas perdidas.
São sussurros calados,
reflexos em espelhos embaçados,
aquelas verdades que o tempo
lapidou em silêncio.
Muitos nasceram
em madrugadas estreladas,
outros em tardes de chuva,
alguns, em olhares fugazes.
Cada um com seu próprio peso,
sua cor, sua melodia muda.
Eles não me pesam.
São parte da terra
que sustenta minhas raízes.
Memórias tecidas em linho invisível,
pontos de luz em um céu particular.
Meus segredos.
Apenas meus.
Eles habitam,
respiram em meu peito,
e me contam,
em um idioma só nosso,
quem eu sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário