O Café Frio
O café que esfria sem ser tocado.
Não é só a bebida que perde o calor,
mas a promessa do gole,
o convite a um início de dia,
ou a pausa em meio à tarde.
É um silêncio líquido,
condensando-se em gotas no vidro,
uma testemunha muda
de uma presença que se ausentou,
ou que nunca chegou.
A xícara intocada,
um pequeno altar para o desencontro.
O vapor que não sobe,
o aroma que não se espalha.
É a vida em suspensão,
um momento que deveria ser,
mas que se perdeu na névoa
do que não aconteceu.
E a gente observa,
com uma pontada no peito,
o líquido escuro
refletindo a luz fria do ambiente,
um espelho da ausência
que agora ocupa o espaço
onde o calor deveria estar.
O Café Frio
O
café que esfria sem ser tocado.
Não
é só a bebida que perde o calor,
mas
a promessa do gole,
o
convite a um início de dia,
ou
a pausa em meio à tarde.
É
um silêncio líquido,
condensando-se
em gotas no vidro,
uma
testemunha muda
de
uma presença que se ausentou,
ou
que nunca chegou.
A
xícara intocada,
um
pequeno altar para o desencontro.
O
vapor que não sobe,
o
aroma que não se espalha.
É
a vida em suspensão,
um
momento que deveria ser,
mas
que se perdeu na névoa
do
que não aconteceu.
E
a gente observa,
com
uma pontada no peito,
o
líquido escuro
refletindo
a luz fria do ambiente,
um
espelho da ausência
que
agora ocupa o espaço
onde
o calor deveria estar.
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