Labirinto de Ecos
Os pensamentos, um enxame voraz,
ecoam nas paredes da mente.
Fragmentos, sussurros,
perguntas sem resposta,
um coro dissonante
que insiste em não calar.
Onde a certeza se esvai,
a busca se intensifica.
Um mapa rasgado,
passos incertos na neblina densa.
Quem sou, no fim das contas,
além do eco das vozes alheias?
A verdade, um espectro,
dança na borda do precipício.
Existir, um peso invisível,
uma tela em branco à espera de cor.
O abismo me chama, suavemente,
e o silêncio da noite, cúmplice,
revela a própria face do vazio.
Entre o ser e o nada,
um fio tênue, quase invisível,
onde a alma se pendura,
sem saber por que persiste.
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