O Voo
Suspenso
No palco, a penumbra
acolhe
Um corpo que respira
melodia.
Não há palavras, só o
pulso
De um coração que dança.
Os músculos tecem arcos,
Linhas que o ar traça e
desfaz.
Cada giro, um sussurro do
tempo,
Cada salto, a fuga da
gravidade.
No silêncio que se cria,
A pele transpira histórias
não ditas.
As mãos moldam o
invisível,
Os pés tocam o etéreo.
É a beleza de um instante
roubado,
A eternidade de um fôlego
contido.
A bailarina, um desenho
vivo
No espaço que a define e
liberta.
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