sábado, 7 de junho de 2025

O VOO SUSPENSO

 



O Voo Suspenso

No palco, a penumbra acolhe

Um corpo que respira melodia.

Não há palavras, só o pulso

De um coração que dança.

 

Os músculos tecem arcos,

Linhas que o ar traça e desfaz.

Cada giro, um sussurro do tempo,

Cada salto, a fuga da gravidade.

 

No silêncio que se cria,

A pele transpira histórias não ditas.

As mãos moldam o invisível,

Os pés tocam o etéreo.

 

É a beleza de um instante roubado,

A eternidade de um fôlego contido.

A bailarina, um desenho vivo

No espaço que a define e liberta.




Nenhum comentário:

Postar um comentário