quarta-feira, 25 de junho de 2025

MAPAS PARA NENHUM LUGAR

 Mapas para Nenhum Lugar

 

A bússola gira em falso,

o norte se perde na névoa densa.

Pontes desabam sob os pés,

caminhos se apagam na areia.

Um labirinto sem centro,

onde os ecos da própria voz

se confundem com o silêncio.

 

Procuro o que não tem nome,

o porquê que foge à razão.

Cada passo, uma interrogação,

cada fôlego, um espelho turvo.

O mapa, rasgado em mil pedaços,

não aponta para saída,

mas para a vastidão do incerto.

 

Existir é um rascunho sem fim,

linhas traçadas no vazio.

A busca, mais que o achado,

o eterno andar sem destino.

Nenhum lugar, afinal, é o lar,

onde a alma encontra a si mesma,

no exato ponto da perplexidade.

 

 



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