SILÊNCIO QUE CUTUCA
E havia em mim o eco da
ausência
que se espreguiçava na tarde,
como um toque suave de
nada,
um quase um sussurro.
Nada de palavras,
nem melodia,
só a leveza
de um tempo que ainda hoje
se recusa a ser
preenchido.
E o silêncio me cutuca,
como uma sombra que,
amiga,
insiste em dançar
nos vãos do meu
pensamento.
Isso não é vazio,
é um espaço para a
respiração da alma,
onde as cores se aquietam
e o mundo se dissolve
em calmaria.
A verdade me foi revelada
nesse não-som
onde todas as verdades
se revelam.
O ruído das certezas não
são impostas,
mas a melancolia doce de
existir,
e a dança invisível do
tempo,
em mim não para.
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