Enganando
a alma
Enganando
a alma
que ainda carrega
o mesmo choro,
a mesma mágoa —
feito cicatriz escondida
debaixo do perfume.
Os dias
passam,
e eu passo junto,
com um riso treinado
e um silêncio nos bolsos
que pesa mais do que a fala.
Disfarço
o eco antigo
com novos sons,
novos nomes,
mas o coração,
esse tolo que nunca mente,
ainda repete o mesmo soluço
quando tudo cala.
Enganando
a alma,
como se ela não soubesse
que o tempo não cura —
ele só ensina
a doer de forma mais discreta.
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