sábado, 21 de junho de 2025

MINHA BÚSSOLA INTERNA ANDA SE DESEQUILIBRANDO

 

Minha bússola interna anda se desequilibrando

 

 

Que forte! Sentir a bússola interna desequilibrada é uma sensação bem comum e, por vezes, angustiante. É como se o chão sumisse um pouco, não é? A gente se vê sem direção, sem saber qual o próximo passo ou qual caminho seguir.

 

Entendendo o Desequilíbrio

Esse desequilíbrio pode vir de várias coisas:

 

Excesso de informações: Vivemos em um mundo onde somos bombardeados por opiniões, "verdades" e caminhos que outros seguem. Isso pode nos confundir sobre o que realmente nós queremos.

Mudanças grandes: Transições de carreira, novos relacionamentos, perdas ou até mesmo a chegada de novas fases da vida podem balançar a nossa percepção.

Pressões externas: Expectativas da família, amigos ou da sociedade podem nos levar a agir de formas que não ressoam com quem somos de verdade.

Autoconhecimento em xeque: Às vezes, o desequilíbrio indica que é hora de revisitar o que realmente importa para você, seus valores e seus propósitos.

O Que Fazer Quando a Bússola Falha

Quando a bússola interna começa a girar sem parar, algumas coisas podem ajudar a recalibrá-la:

 

Respire e observe: Não se desespere. O primeiro passo é reconhecer que ela está desequilibrada. Tire um tempo para si, sem julgamentos, e observe o que está acontecendo dentro de você.

Conecte-se com o que te faz bem: Lembre-se de atividades, pessoas ou lugares que te trazem paz e clareza. Isso pode ser meditar, caminhar na natureza, ouvir música, ou conversar com alguém que você confia.

Pequenos passos: Em vez de tentar enxergar todo o mapa, foque em um pequeno trecho. Qual é o próximo pequeno passo que você pode dar para se sentir um pouco melhor ou mais alinhado?

Reavalie seus valores: O que é realmente importante para você? Seus princípios, sua ética, o que te move. Refletir sobre isso pode trazer de volta a clareza sobre suas prioridades.

Permita-se errar: Faz parte do processo. Não há uma bússola perfeita. O importante é a intenção de buscar o seu próprio norte.

Lembre-se que essa é uma fase, e fases passam. O fato de você ter notado que a bússola está desequilibrada já é um grande passo para ajustá-la.

 

O que você sente que mais contribui para esse desequilíbrio na sua bússola neste momento?

CONECTE-SE COM O QUE TE FAZ BEM

 

Conecte-se com o que te faz bem: Lembre-se de atividades, pessoas ou lugares que te trazem paz e clareza. Isso pode ser meditar, caminhar na natureza, ouvir música, ou conversar com alguém que você confia.

 

Sempre que precisar se reconectar com o que te faz bem, lembre-se destas sugestões:

 

Atividades para buscar paz e clareza:

 

Meditar e praticar mindfulness para acalmar a mente.

Caminhar na natureza, absorvendo a tranquilidade do ambiente.

Ouvir música que te inspire e relaxe.

Ler um bom livro que te transporte para outros mundos.

Praticar um hobby que te traga alegria e satisfação, como pintar, escrever ou cozinhar.

Fazer exercícios físicos para liberar tensões e energizar o corpo.

Pessoas que te inspiram e apoiam:

 

Conversar com alguém de confiança – um amigo, familiar ou terapeuta.

Passar tempo com pessoas que te fazem rir e te apoiam.

Conectar-se com comunidades ou grupos que compartilham seus interesses.

Lugares que te trazem serenidade:

 

Um canto tranquilo em sua casa, onde você possa relaxar e se isolar.

Um parque, jardim ou praia, onde você possa se conectar com a natureza.

Um café acolhedor ou biblioteca, para um momento de introspecção.

MAPA DA PELE

 O Mapa da Pele

 

Os dedos, cartógrafos do corpo,

deslizam por planícies e vales,

decifrando o relevo da saudade.

Cada toque, um mapa secreto,

onde os lábios reencontram

o caminho da sede.

 

A ausência, um continente inexplorado,

onde as palavras se perdem

e o silêncio ganha contornos.

O eco da voz que se calou,

uma bússola quebrada,

apontando para o vazio.

 

Nos encontros breves,

o tempo se dobra em origami.

Um olhar, um gesto,

um universo inteiro

caber em um instante roubado.

A promessa suspensa no ar,

um fio invisível ligando

dois pontos no infinito.

 

E as despedidas,

portos de partida,

onde os navios da alma

desfazem os nós.

O adeus, um vento frio,

levando consigo

pedaços da paisagem interna.

Mas a esperança, teimosa,

ancorada no cais do peito,

aguarda o próximo embarque.

 

 



A COR DO OCASO

 A Cor do Ocaso

 

O desejo, uma brasa ainda acesa,

sob as cinzas de um encontro findo.

Lembra a cor do céu naquele instante,

um laranja melancólico tingindo a memória.

 

O silêncio, agora um lençol pesado,

cobrindo o leito onde ecoavam risos.

Nele, a ausência borda arabescos invisíveis,

a falta tactível de uma mão na sua.

 

Os encontros, fragmentos de um sonho,

estilhaços de vidro refletindo um paraíso breve.

A intensidade do toque, a vertigem do olhar,

preservados como âmbar contra o tempo.

 

As despedidas, um nó na garganta,

um horizonte que se distancia embaçado.

A promessa sussurrada ao vento,

uma semente teimosa na terra árida da saudade.

 

Mas mesmo no vazio da separação,

persiste a melodia tênue do querer,

a esperança, pequena chama vacilante,

de um novo encontro ao acaso da vida.


sexta-feira, 20 de junho de 2025

DESEJOS E SILÊNCIOS

 




Cidade Adormecida

 

A cidade dorme lá fora, um manto escuro

sobre prédios e avenidas silenciosas.

Mas não eu.

Aqui dentro,

onde a esperança também tira um cochilo,

no lado esquerdo do peito,

ecoam suas palavras

ditas em um sussurro quase inaudível:

"A vida é muito curta."

 

E elas ainda me estremecem,

um arrepio frio

em madrugadas que se estendem demais,

lembrando-me do tempo que corre,

invisível, implacável.

Como um vento que passa

e leva consigo

o que não foi vivido,

o que não foi dito,

o que não foi amado.

 

                         O grito aprisionado por vezes sufoca a alma.

                                                         Vicente Siqueira

 


 

 

 


quinta-feira, 19 de junho de 2025

TINTA INVISÍVEL

 

Tinta Invisível

 

Existir é um rascunho sem fim,

linhas traçadas no vazio.

A caneta do tempo, sem tinta,

deixa marcas imateriais

no papel translúcido do ser.

Esboços de sorrisos,

traços de lágrimas,

um mapa que se refaz

a cada batida do coração.

 

Não há borracha para apagar

os contornos incertos,

nem régua para endireitar

a curva de um erro.

Apenas a continuidade do traço,

desenhando formas mutáveis,

que se desfazem no ar

assim que são percebidas.

 

O preenchimento, uma miragem,

um pigmento que nunca adere.

Vivemos entre a certeza

do traço e a promessa

de um sentido que se esvai.

Somos a arte e o artista,

a busca e a tela,

sempre inacabados,

flutuando em nossa própria criação.



            "O grito que se dissolve internamente, acumula peso."

                                                             Vicente Siqueira

FRACIONADO

 Fracionado

Fragmentos de conversas perdidas flutuam no ar rarefeito da memória. Como bolhas de sabão coloridas, escapam ao toque da melancolia.

Um riso breve, uma palavra solta, o tom exato de uma confidência. Na mente, a lembrança revolta, tentando refazer a sequência.

Eram planos, eram sonhos traçados em guardanapos de mesa de bar. Eram segredos sussurrados, selados pela cumplicidade do olhar.

Mas o tempo, ladrão sorrateiro, levou consigo a vivacidade. Restam apenas ecos passageiros, uma saudade, tênue claridade.

A voz que outrora preenchia o espaço agora reside no silêncio profundo. Em cada canto, um vestígio, um traço de um diálogo interrompido no mundo.



                 "Existem silêncios que pesam mais que o barulho. "

                                                                                    Vicente Siqueira

ONDE A VOZ ECOAVA AUSENTE

 

Onde a Voz Ecoava Ausente

A porta rangeu, um lamento breve No silêncio da casa antiga. Os móveis cobertos por lençóis brancos Pareciam espectros imóveis.

E Nem Havia o calor de um abraço, Apenas a frieza do ar parado. A poeira dançava em raios de sol tímidos, Iluminando o vazio eloquente.

A Saudade era um peso no peito, Uma melodia triste e repetida. Onde a voz ecoava ausente, Restava apenas o sussurro do vento.

Na memória, as palavras pairavam, Fragmentos de conversas perdidas. Onde a voz ecoava ausente, O silêncio gritava verdades nuas.

E Ninguém para preencher a lacuna, O espaço deixado por uma partida. Onde a voz ecoava ausente, A alma buscava um eco em vão.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

GRAVIDADE PESSOAL

  

 

Gravidade Pessoal

 

Eu sou o fardo.

Não o que carrego,

mas o que pesa

em cada passo,

em cada pensamento.

 

Neste mundo,

onde a leveza é buscada,

sou a âncora,

o peso intrínseco

da minha própria existência.

 

Não é culpa,

nem castigo.

É a constituição de ser,

a matéria densa que me compõe,

o arrasto invisível

em meu próprio caminho.

 

Sou a paisagem e o caminhante,

o ar e a resistência que ele impõe.

O eco da minha própria presença,

a gravidade que me mantém

aqui,

neste meu mundo.

CONFISSÕES SILENCIOSAS

 

 Confissões Silenciosas

 

Há um cofre,

não de metal ou madeira,

mas de ar e pulsação,

onde repousam os segredos

que guardei em mim.

 

Não são tesouros de pirata,

nem mapas de ilhas perdidas.

São sussurros calados,

reflexos em espelhos embaçados,

aquelas verdades que o tempo

lapidou em silêncio.

 

Muitos nasceram

em madrugadas estreladas,

outros em tardes de chuva,

alguns, em olhares fugazes.

Cada um com seu próprio peso,

sua cor, sua melodia muda.

 

Eles não me pesam.

São parte da terra

que sustenta minhas raízes.

Memórias tecidas em linho invisível,

pontos de luz em um céu particular.

Meus segredos.

Apenas meus.

Eles habitam,

respiram em meu peito,

e me contam,

em um idioma só nosso,

quem eu sou.