Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
MBP - METALÚRGICA BARRA DO PIRAÍ - EM DEZEMBRO DE 2013
Belíssima fábrica da MBP - Metalúrgica Barra do Piraí
No bairro Campo Bom
em Barra do Piraí
Foto dia 13/12/13 às 11:05h
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
domingo, 21 de junho de 2015
BILHETE ÚNICO PROIBIDO
Bilhete Único Proibido
Passagem só de ida,
código de barras rasurado,
pra lugares que nunca
existiram,
mapas em tela 404,
endereço não encontrado.
Sonhos do amigo mais
amigo,
arquivos corrompidos,
deleted.
Não foram considerados,
memória RAM insuficiente
pra tanto afeto.
Ficou o eco digital
de um adeus sem porta,
um "vai com
Deus" sem chão.
E a mochila leve
de quem partiu
pra um lugar só seu,
onde a ausência
é a única lei.
sábado, 20 de junho de 2015
AMIGO DO REI
AMIGO DO REI
O protocolo me sufoca, a
seda, um peso na pele.
Sorrisos calculados, ecos
vazios naquela sala de espelhos.
Eles falam de poder, de
guerras e de fortunas,
enquanto eu observo a
poeira dançar nos raios de sol furtivos.
Eu também sou amigo do
rei, dizem. Mas a amizade se resume
a um aperto de mão frio, a
um nó na garganta,
a uma palavra seca, solta
no labirinto de seus desejos.
Meu reino é a sombra que
se estende além dos muros,
a solidão que floresce no
jardim negligenciado.
A amizade que ofereço é a
da escuta atenta,
o silêncio que acolhe o
peso de uma coroa.
Não preciso de banquetes,
nem de joias cintilantes.
Minha lealdade reside no
olhar que desvenda a máscara,
na compreensão que não
julga, na palavra não dita
que ecoa mais forte que os
cânones e os hinos reais.
Eu sou o amigo invisível,
o reflexo no espelho quebrado,
a lembrança silenciosa da
humanidade que se esconde
sob o brilho opressor do
ouro e do cetro.
Eu também sou amigo do
rei, em minha própria maneira,
e isso, talvez, seja a
verdadeira realeza.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
QUANDO TE SONHO, EXISTO
Quando Te Sonho, Existo
A escuridão da noite não é vazio,
mas um portal que se abre
para o reino do possível,
onde as regras do dia se desfazem.
É ali, no palco macio do sono,
que tua forma se materializa,
mais vívida que a luz da manhã,
mais real que a palma da minha mão.
Teu riso ecoa, teu toque se acende,
e a ausência que me consome desperto
se dissolve em um abraço perfeito.
Cada detalhe teu é gravado
na carne do meu sonho.
E por alguns instantes mágicos,
minha alma se encontra,
o coração bate no ritmo certo,
o ar que respiro tem um cheiro,
um sentido profundo.
Acordo, e o corpo volta a pesar,
o quarto é apenas um quarto.
Mas a verdade é que só existo,
plenamente, verdadeiramente,
naqueles breves e infinitos momentos
em que te sonho.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
PORTA TRANCADA POR DENTRO
Porta Trancada Por
Dentro
E a porta trancada por dentro,
não é parede, é barreira.
Não há chave, não há
fresta,
apenas a mão que a segura,
a minha própria,
que não cede, não liberta.
É um ato de auto-prisão,
uma escolha sem nome,
que prende o passo, cala a
voz.
O lado de fora, um
sussurro distante,
o que poderia ser, um
sonho.
E o silêncio aqui dentro,
não é paz, é eco.
O eco das chances
perdidas,
dos caminhos não tomados.
A porta, um espelho turvo,
refletindo a mim mesmo,
o carcereiro, o
prisioneiro.
sábado, 13 de junho de 2015
O TEATRO EFÊMERO DA VIDA
O Teatro Efêmero da Vida
Eu
me sento, espectador silencioso,
no
grande palco do mundo.
As
luzes mudam com o passar das horas,
o
cenário, a cada estação.
E
os atores, nós mesmos,
entram
e saem de cena,
em
um balé constante de chegadas e partidas.
É
o teatro efêmero da vida.
Eu
observo os figurinos, as máscaras,
as
expressões que mudam a cada fala,
a
cada passo.
Há
o drama, a comédia, a tragédia,
tudo
misturado em um enredo sem ensaio prévio.
As
cortinas se abrem e se fecham,
e
a cada ato, uma nova versão de nós surge,
moldada
pelas experiências,
pelas
dores, pelos amores.
Há
cenas que eu gostaria de pausar,
de
reviver em câmera lenta:
o
riso que explodiu sem motivo,
o
abraço que me aqueceu a alma,
o
instante de revelação que mudou tudo.
E
há outras que eu gostaria de apagar,
de
reescrever,
mas
o script não permite.
A
vida segue seu curso imparável,
e
nós, apenas interpretamos nossos papéis.
Eu
sinto a fragilidade de tudo.
A
beleza que desabrocha e fenece,
a
voz que se cala,
o
olhar que se perde no horizonte.
Mas
também sinto a força da impermanência,
que
nos ensina a valorizar cada aplauso,
cada
silêncio,
cada
respiração no palco.
E
ao final do dia, quando as luzes diminuem,
e
o palco se prepara para a próxima performance,
eu
me levanto, talvez um pouco mais sábio,
um
pouco mais consciente
de
que sou parte dessa grande peça sem fim.
E
a cada amanhecer,
a
cortina se ergue novamente,
e
eu estou pronto para o meu próximo ato,
nesse
teatro efêmero e maravilhoso que é viver.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
O VOO QUE NÃO É VOO
A saudade, sorrateira.
Não a que se chora, mas a
que se finca.
Um andaime espetado em
plena avenida,
nas minhas veias,
nas minhas artérias
dilatadas.
Que estranha arquitetura é
essa que se constrói dentro de mim?
Sua voz, um eco que se
recusava a ser calado,
diria: "Volta."
Uma palavra. Um abismo.
Uma ordem que não se
ordena.
E a gente obedece. Por
que?
Sem perceber as
implicações.
A intenção do carinho,
essa armadilha sutil.
Que muda a gente, sem a
gente querer.
Que tece outra trama,
outro destino.
E de repente,
eu, o que fugia, o que se
esquivava,
percebi-me:
malas na mão,
naquele imenso saguão.
Um lugar de partidas e de
chegadas,
mas que para mim, era
apenas um limbo.
Aguardando a aeronave.
Que me aproximaria.
De você.
Mas de que forma?
Em qual tempo?
Essa aproximação, não é um
ir.
É um deixar-se levar, para
onde?
Para o assombro do que
virá?
Ou para a perplexidade do
que já se foi?