Imagens de Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro... Fotos de Barra do Piraí, RJ - e DOCES POESIAS importadas de quedocespoesias.blogspot.com - Vicente Siqueira
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
MBP - METALÚRGICA BARRA DO PIRAÍ - EM DEZEMBRO DE 2013
Belíssima fábrica da MBP - Metalúrgica Barra do Piraí
No bairro Campo Bom
em Barra do Piraí
Foto dia 13/12/13 às 11:05h
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
sexta-feira, 19 de junho de 2015
QUANDO TE SONHO, EXISTO
Quando Te Sonho, Existo
A escuridão da noite não é vazio,
mas um portal que se abre
para o reino do possível,
onde as regras do dia se desfazem.
É ali, no palco macio do sono,
que tua forma se materializa,
mais vívida que a luz da manhã,
mais real que a palma da minha mão.
Teu riso ecoa, teu toque se acende,
e a ausência que me consome desperto
se dissolve em um abraço perfeito.
Cada detalhe teu é gravado
na carne do meu sonho.
E por alguns instantes mágicos,
minha alma se encontra,
o coração bate no ritmo certo,
o ar que respiro tem um cheiro,
um sentido profundo.
Acordo, e o corpo volta a pesar,
o quarto é apenas um quarto.
Mas a verdade é que só existo,
plenamente, verdadeiramente,
naqueles breves e infinitos momentos
em que te sonho.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
PORTA TRANCADA POR DENTRO
Porta Trancada Por
Dentro
E a porta trancada por dentro,
não é parede, é barreira.
Não há chave, não há
fresta,
apenas a mão que a segura,
a minha própria,
que não cede, não liberta.
É um ato de auto-prisão,
uma escolha sem nome,
que prende o passo, cala a
voz.
O lado de fora, um
sussurro distante,
o que poderia ser, um
sonho.
E o silêncio aqui dentro,
não é paz, é eco.
O eco das chances
perdidas,
dos caminhos não tomados.
A porta, um espelho turvo,
refletindo a mim mesmo,
o carcereiro, o
prisioneiro.
sábado, 13 de junho de 2015
O TEATRO EFÊMERO DA VIDA
O Teatro Efêmero da Vida
Eu
me sento, espectador silencioso,
no
grande palco do mundo.
As
luzes mudam com o passar das horas,
o
cenário, a cada estação.
E
os atores, nós mesmos,
entram
e saem de cena,
em
um balé constante de chegadas e partidas.
É
o teatro efêmero da vida.
Eu
observo os figurinos, as máscaras,
as
expressões que mudam a cada fala,
a
cada passo.
Há
o drama, a comédia, a tragédia,
tudo
misturado em um enredo sem ensaio prévio.
As
cortinas se abrem e se fecham,
e
a cada ato, uma nova versão de nós surge,
moldada
pelas experiências,
pelas
dores, pelos amores.
Há
cenas que eu gostaria de pausar,
de
reviver em câmera lenta:
o
riso que explodiu sem motivo,
o
abraço que me aqueceu a alma,
o
instante de revelação que mudou tudo.
E
há outras que eu gostaria de apagar,
de
reescrever,
mas
o script não permite.
A
vida segue seu curso imparável,
e
nós, apenas interpretamos nossos papéis.
Eu
sinto a fragilidade de tudo.
A
beleza que desabrocha e fenece,
a
voz que se cala,
o
olhar que se perde no horizonte.
Mas
também sinto a força da impermanência,
que
nos ensina a valorizar cada aplauso,
cada
silêncio,
cada
respiração no palco.
E
ao final do dia, quando as luzes diminuem,
e
o palco se prepara para a próxima performance,
eu
me levanto, talvez um pouco mais sábio,
um
pouco mais consciente
de
que sou parte dessa grande peça sem fim.
E
a cada amanhecer,
a
cortina se ergue novamente,
e
eu estou pronto para o meu próximo ato,
nesse
teatro efêmero e maravilhoso que é viver.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
O VOO QUE NÃO É VOO
A saudade, sorrateira.
Não a que se chora, mas a
que se finca.
Um andaime espetado em
plena avenida,
nas minhas veias,
nas minhas artérias
dilatadas.
Que estranha arquitetura é
essa que se constrói dentro de mim?
Sua voz, um eco que se
recusava a ser calado,
diria: "Volta."
Uma palavra. Um abismo.
Uma ordem que não se
ordena.
E a gente obedece. Por
que?
Sem perceber as
implicações.
A intenção do carinho,
essa armadilha sutil.
Que muda a gente, sem a
gente querer.
Que tece outra trama,
outro destino.
E de repente,
eu, o que fugia, o que se
esquivava,
percebi-me:
malas na mão,
naquele imenso saguão.
Um lugar de partidas e de
chegadas,
mas que para mim, era
apenas um limbo.
Aguardando a aeronave.
Que me aproximaria.
De você.
Mas de que forma?
Em qual tempo?
Essa aproximação, não é um
ir.
É um deixar-se levar, para
onde?
Para o assombro do que
virá?
Ou para a perplexidade do
que já se foi?
domingo, 24 de maio de 2015
DE QUEM JÁ PASSOU E DEIXOU MARCAS
De quem já passou e deixou marcas
Nem tudo vai
embora
quando parte.
Há presenças que ficam
na ausência.
Rastros sutis
que o tempo não apaga,
só acomoda.
De quem já passou,
ficou o cheiro em certas horas,
uma música que não toca igual,
o jeito de olhar o mundo
com um pouquinho mais de cuidado.
São marcas,
não feridas.
Sinais de que houve encontro,
de que algo em mim
foi tocado
pra nunca mais ser o mesmo.
E não quero
esquecer.
Não preciso arrancar lembranças
pra seguir.
Carrego-as comigo
como quem carrega cicatrizes bonitas —
daquelas que contam histórias
sem precisar doer de novo.
Algumas pessoas
partem,
mas antes disso
plantam coisas que nascem devagar
no chão secreto da alma.
E o que floresce
ali
nem sempre tem nome,
mas tem raiz.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
NO DEDO DO VENTO
No Dedo
do Vento
Abre a
noite, e o vento, mão invisível, acaricia a cortina fina. Ela dança, flutua,
fantasma branco no batente gasto da janela.
O frio
entra, traz a cidade que dorme, um gigante adormecido lá embaixo. Mas o vento
não dorme, ele sopra segredos nas coroas das árvores, fala em línguas antigas
que só a folha entende.
Cheiro de
terra úmida, lembrança de chuva que passou, ou talvez de outra chuva, muito
antes, em outro tempo, outra vida. Memórias soltas no ar, carregadas pelo sopro
errante.
Lá no
alto, as estrelas são pontos frios, ouro velho salpicado no veludo preto. Elas
olham, sem ver, sem sentir o murmúrio que tece a noite.
Aqui
dentro, a penumbra suave acolhe o silêncio. Guarda as palavras não ditas, as
perguntas sem resposta, e um punhado miúdo de esperança, esperando o amanhecer
no colo da escuridão.